sexta-feira, 31 de julho de 2009

Momento Poeticonético

Manhã... A caneta pende num canto qualquer da sala, para enfeitar o ambiente; não diria enfeitar propriamente dito, mas... dar um toque. A internet já está conectada, enquanto o lindo sol desponta em sua tela de cristal. As névoas do fim da noite se despedem no fundo da área de trabalho. Um show pirotécnico de fótons ágeis!!! Um congestionamento de informações instantâneas que não se entendem. Sento-me diante do mundo e penso... Para aonde irei hoje? E um clique frenético, sei lá com qual dos dedos - é tão rápido que não é mister pensar nisso - deixa-me aqui e acolá. Essa sensação de aqui estar e ir simultaneamente, simulacro do processo mental imaginário, é essencial; tem-se o efeito colateral de ponte fictícia entre o real daqui e o real de lá. Avistam-se mares, montanhas, cidades... Tudo lá embaixo... Uma pausa para o café, enquanto a janela da sala ainda nem foi aberta. E assim a virtualidade do dia corre... As horas - essas são reais? - passam nem depressa e nem devagar. Mais um café.
Entardecer... A caneta pende num canto qualquer da sala. O sol se põe na tela mágica e o feiticeiro, o Homem moderno, continua horas a fio em seu próprio universo paralelo.
Lá fora, as estrelas brilham para quem?

(Texto: Lara Jatkoske Lazo)

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