terça-feira, 4 de setembro de 2007

LEIA, REFLITA, APRECIE E CHEGUE A CONCLUSÕES, SE PUDER!


Trecho interessante, polêmico e muito belo da poesia latina do grande escritor da antigüidade clássica romana, Públio Vergílio Maro. O poeta, louvando o reinado de Augusto, por acreditar em suas promessas de paz e pela valorização dos temas relacionados à natureza naquela época, eleva o Imperador à posição de deus, através de versos maravilhosos. Foi considerado, por cristãos medievais, como um mago ao adivinhar o nascimento de Cristo; e, pelo escritor Dante, foi considerado o profeta do cristianismo. Muitos estudiosos, acadêmicos ou não, afirmam que o nascimento do menino, narrado na poesia, é simplesmente uma alusão a uma criança da família de César. Cada um tire a conclusão que desejar e não deixe de atentar para a beleza dos versos, antes de postar comentários:

Sicelides Musae, paulo maioria canamus;
non omnis arbusta iuuant humilesque myricae:

si canimus siluas, siluae sint consule dignae.
Vltima Cumaei uenit iam carminis aetas;

magnus ab integro saeclorum nascitur ordo.
Iam redit e Virgo, redeunt Saturnia regna;

iam noua progenies caelo demittitur alto.

Tu modo nascenti puero, quo ferrea primum
desinet ac toto surget gens aurea mundo,
casta, faue, Lucina: tuus iam regnat Apollo.

TRADUÇÃO:

Ó Musas da Sicília, cantemos, um pouco, as coisas mais elevadas;
A todos, os arbustos e os simples tamarindos não agradam;

Se cantamos as florestas, que sejam as florestas dignas do cônsul.

Da profecia de Cumas, a última época já chegou;

Nasce a grande série do conjunto dos séculos.

E a Virgem já retorna, e retornam os reinos de Saturno.
Agora, é enviada uma nova geração do alto céu.

Casta Lucina, tu, assim, favorece o menino que nasceu;

Por causa dele, primeiramente, a idade de ferro desaparecerá,
e a geração de ouro surgirá no mundo todo: tu, Apolo, reinas agora!


(Tradução: Lara J.Lazo. As Bucólicas (Bucolica), escritas entre 71/70 – 19 a . C.)
(FOTO: Públio Vergílio Maro)

PROVOCAÇÃO LINGUÍSTICA

Acalmem-se!!! Não é pornografia!


" Escobar,

Tenho passado mal. Chamaste-me a atenção para vários descuidos dos meus SERTÕES; fui lê-lo com mais cuidado e fiquei apavorado! Já não tenho coragem de o abrir mais. Em cada página o meu olhar fisga um erro, um acento importuno, uma vírgula vagabunda, um (;) impertinente...Um horror! Quem sabe se isto não irá destruir todo o valor daquele pobre e estremecido livro? [...]Quer isto dizer que estou à mercê [...] da férula brutal dos terríveis gramatiqueiros que passam por aí os dias a remascar preposições e a disciplinar pronomes! Felizmente, disseram também que o Victor Hugo não sabia francês." (Euclides da Cunha)
*férula: palmatória antigamente usada nas escolas para castigar os alunos.

Pó de Estrelas * * * * *

De repente tudo dá errado. Cai um caminhão de transportar rinoceronte obeso na nossa cabeça e a gente vira pasta da piada do tomatinho. Sabe aquela, dois tomatinhos atravessando a trilho do trem, um grita pro outro: “Olha o trem”, pffsssstt...”Já vi”...pffssstt.
Pasta. Aí a gente pensa: E agora, o que é que eu faço?
Presta atenção “ cumpadre”, que na atual conjuntura, o desespero, a neura, o medo, a fissura, a esquizofrenia, a deprê, via de regra, estão sempre associados a algo que contamina quase que todo mundo: falta de grana.
E pra quê?
Bota distância neste foco...
No lago tem um barco, no barco tem um garoto, uma vara de pescar na mão, um cão, uma calma infinita. Zoom para o alto, o barco minúsculo, perdemos de vista, saímos do local geográfico, do país, do continente, das esferas, da esfera, sistema solar, via Láctea, septilhões de estrelas ...
Convenhamos: somos poeira de estrelas, nosso papel está indelevelmente carimbado enquanto átomos a serviço do encaixe cósmico, do entalhe canônico, da oscilação quântica.
Quer dizer: vamos ficar arrancando os cabelos porque o gerente do banco ligou pela enésima vez??? Os bancos têm um lucro indescritível em cima das nossas noites mal dormidas...O conselho é: o que não tem remédio, remediado está. Vamos cortar as asinhas do sistema financeiro... Aí quero ver dono de banco tendo orgasmos porque escaldou, fritou e triturou mais gente do que conseguia pra ter lucro imoral e desumano...Sabe o que devemos fazer? Rapelar as contas e botar tudo em potinho de maionese, margarina, caixinha de disquete (pra ser mais moderna) igualzinho faziam os pioneiros desbravadores destes filmes cult que a gente assiste de vez em quando...
Pó de estrelas, é isto que somos. E em nome desta visão cosmogônica, saudações aos que entendem que a vida é breve, o tempo é curto, o trabalho é muito e o planeta precisa de auxílio (que com certeza não virá deste sistema capitalista bestial). As filigranas dos nossos problemas cotidianos tem uma dimensão muito estreita diante do Todo. Portanto, pó de mico neles...

(Autor: Fernanda (Fer))

O Racha e a Impotência Sexual

Há homens e homens... Dentre eles, uns necessitam de rojões para suprir a falta de potência sexual; outros, do carro. O homem busca recursos para atrair o sexo oposto de diversas maneiras: pela aparência física, pela inteligência, pela personalidade, pela conversa - fiada ou não,- ou pelo charme. Há, porém, aqueles que, sabe-se lá o motivo, parece que nada conseguem através de uma ou mais destas qualidades. Estes, então, precisam afirmar a masculinidade de formas um tanto inúteis à sociedade e a eles próprios, como, por exemplo, através de brigas por nada, rojões e rachas. Pegando no rojão ou no volante, sentem-se no ponto máximo da ereção, provavelmente há muito tempo por eles não alcançada. Nada como uma derrapada, uma cantada de pneus, para dizer: - Olha, sou macho mesmo, hein! - Gente, e há mulheres de menos visão, que se iludem por esse tipo de exibicionismo!!! É assim no reino animal menos irracional: o pássaro mais espalhafatoso do grupo consegue a fêmea; as penas mais coloridas conquistam mais e daí para a frente... Somos animais também, mas temos a inteligência para regular as atitudes. Custa usar um pouco, pelo menos, dessa qualidade que nos diferencia de outros animais? Gente, a impotência sexual tem cura! Procurar um médico é muito mais eficiente do que se servir de metáforas barulhentas e perigosas para conotar aquilo que vocês não tem conseguido.
Num racha, o cara acredita que está sendo o máximo dos machos do pedaço. Ri com estardalhaço, grita adoidado, berra que nem bicho raivoso, pensa que é importante... Quando bate o carro, machuca ou mata alguém, coisa que acredita que jamais acontecerá com ele, chora como um bebê e deixa de lado toda a macheza e responsabilidade. Desculpem-me pelo equívoco; deixa de lado não, porque não se pode pôr de lado aquilo que não se tem e responsabilidade e macheza são coisas que nunca tiveram esses exibicionistas de racha. Será que eles realmente não têm coisa melhor para mostrar de si mesmo? É o que parece, né?!

(Autor: Lara (Academia de ballet Napyév). Este pensamento complementa o texto, O Rojão e a Impotência Masculina, da Fer)


"Sendo mulher eu escancaro os tabus mas não revelo os mistérios." (Rita Lee)

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

DESDOBRAMENTO ASTRAL DA FRUTA EM QUESTÃO


`Nos pomares dos deuses, ele contemplou os canais...`


" - Enuma Elish, Sumer, c. 2500 AC " ( in_SAGAN, C. Cosmos )

DO LIVRO DE ZOROASTRO

`Toda prosperidade bem como adversidade vêm ao homem e às outras criaturas através dos Sete e dos Doze. Os Doze Signos do Zodíaco, como diz a Religião são os doze comandantes no lado da luz; e os sete planetas ditos como sete comandantes do lado da escuridão. E os sete planetas oprimem toda a criação e a entregam para a morte e a todas as faces do mal; os doze signos do Zodíaco e os sete planetas governam o destino do mundo.`

" O ùltimo Livro Zoroastriano, O Menok é Xrat"_in: SAGAN, C. Cosmos, p. 45.

O ROJÃO E A IMPOTÊNCIA MASCULINA




Nunca vi mulher soltar rojão. Daí vem minha teoria que, diga-se de passagem, já tem muito tempo de estudo e observação empírica in loco. Ou, em lôco, se preferirem. Loucos da aldeia.
Mas vamos à teoria: o grau de satisfação que um homem tem quando aperta aquela vara na mão, e logo em seguida, o deleite sádico de acompanhar o risco no espaço que culmina num orgásmico pum, só pode ser traduzido numa coisa: o meu amigo soltador de rojão não dá mais no couro ou, mais elegantemente: sofre de impotência crônica, ereção-geléia, ejaculação precoce ou absoluta falta de qualificativos para satisfazer uma mulher na cama.
Cismo até em pensar que já li algo a respeito numa destas brilhantes teorias psicanalíticas espalhadas por aí.
Há quem diagnostique essa compulsão pelo rojão qualificando-a pelo maravilhoso codinome de tesão de periquito. Explico: ao pisar no fio desencapado, o bichinho verde levou um baita choque...na falta de entendimento do que estava acontecendo, gritou: - ai, que tesão esquisita... (Piada mais velha que o ramal ferroviário Corumbataí-Analândia).
Fazendo uma analogia, concluo que o soltador de rojão nada mais é do que um homem sexualmente impotente que deseja experimentar momentos fugazes e esquisitos de tesão, já que de resto, a coisa não funciona mais.
Portanto leitoras amigas (este artigo é especialmente para vocês) fiquem atentas. Nestes meses juninos e sobretudo quando chega caminhão novo na Prefeitura, quando o Corintians ganha do Unidos de Ibaté, ou quando conseguem desencravar a unha do suplente de diretor da Comissão Especial de Assuntos Irrelevantes, observem quem são os festeiros...e terão, inadvertidamente, um perfil de sua performance erótica ou, em bom português, saberão onde é que a coisa masculina falha. Homem que precisa soltar rojão pra festejar sei não...Melhor evitar.

OBS: A conta do psicanalista do meu cachorro Dudu eu mando pra quem???

(Autor: Fernanda (Fer))

UMA BIBLIOTECA NÃO SERVE PRA NADA

O título parece provocador?
Vivemos na sociedade do conhecimento, pleno século XXI. Embora esta verdade seja incontestável, ainda sobrevivem aldeias que cultivam práticas medievais. Para os mentores destas políticas, a cultura tem valor zero de mercado e o artesão manual (sem nenhum demérito) deve ocupar os espaços culturais.
O vale encantado caminha às tontas por dentre as brumas de Avalon. O rei está pelado há décadas e o povo já acostumou com isso. É muitíssimo importante que os clãs selvagens continuem mantendo o poder porque, afinal, se isto lhes for tomado, o que restará?
Cultura, nem pensar. Pra quê? Biblioteca? Ocupa espaço...abobalha o cérebro e as próximas gerações que se ferrem...
Me vem à memória fatos interessantes: os bárbaros turcos otomanos quando cercaram Constantinopla (atual Istambul) tacaram fogo na biblioteca. Coisa de bárbaro, como se vê. Na década de 70 um filme fez muito sucesso, Farenheit 451, no qual ter livros em casa era crime e a polícia queimava tudo...sobravam seres refugiados numa floresta, que após terem decorado algum livro, passavam-no oralmente para as próximas gerações.
Pois bem, é de pasmar. Num momento em que já se fala em livros digitais “ estampados” em telas de cristal líquido face à urgente necessidade de buscar a informação pertinente, num mundo onde o conhecimento é a moeda de troca, onde, segundo um especialista em tecnologia, passamos de carnívoros a informíveros, tal a importância básica de se consumir informações, é neste mundo que ainda se encontram os repressores da cultura, os seres das cavernas de Platão, que entendem que, à la francesa, o povo só precisa de pão, circo e fofoca pra ser feliz.
Que os deuses do Olimpo continuem nos protegendo.

(Autor: Fernanda (Fer))

O CHUPINHAMENTO DO CHUPINHAMENTO


...sabe o mar, aquela calmaria verde que embala poesias e alimenta paparazzis, santuário de Iemanjá, link entre continentes, metáforas de Neruda, berço das naus de Camões e Pessoa...pois é... : SEGURA AÍ!


Texto genial: Tudo que possa ser relacionado ao mar não presta (a não ser Portugal)chupinhado do blog www.wunderblogs.com/radamanto by Radamanto.


O mar é extremamente nojento. É uma pasta orgânica, como atestado em Augusto dos Anjos. Do mar nada presta, a não ser os peixes e crustáceos, que devem ser comidos crus e de palitinho.O mar, quando quebra na praia, é um lixo. E pior ainda a maresia, e mais pior quando fazem macumbas e comemoram Dia de Ano na beira do mar. Os piores reveillons do mundo são os do Rio de Janeiro e litoral paulista. Vire o ano numa cabana com Thoreau, Arnaldo Batista e apenas um revólver, mas nunca no Rio ou Cananéia.Toda literatura que conta histórias do mar deve ser atirada no mar. Todas as histórias em que há baleias, tubarões e polvos gigantes. Mas isso serve apenas para as histórias do mar, não histórias em que o mar apareça incidentalmente ou se faça referência casual a ele. Lolita, por exemplo, tem um mar lá uma hora. Mas é só pra aparecer gente de biquíni e justificar um futuro romance pedófilo na vida do personagem, então vale nesse caso. Mas só nesse e nuns outros casos, dos quais não me ocorre nenhum agora.Desenhos animados que se passam no fundo do mar são legais e engraçados, mas justamente porque fazem uma caricatura do mar, o que, diga-se de passagem, não é difícil. O mar, essa coisa idiota. Não respeito um planeta em que 2/3 da superfície seja coberta de salmoura, e o resto habitado por uns macacos vestidos de calça jeans. Quando o sol finalmente cozinhar a Terra, sopa é o que não vai faltar, é verdade, ainda que intragável e não recomendada para hipertensos. "Grandes baleias cozidas boiarão suculentas na superfície, mas não poderão comê-las, pois não lhes restará talher e serão demasiado fresquitos para comer com as mãos."A melhor coisa que se pode esperar do mar é uma tsunami, antes chamada vagalhão, que aniquila as populações chamadas costeiras e quem mais estiver por ali de passagem. Parabéns, pois, à tsunami, esse importante agente seletor.Criaturas terríveis saem do mar para atacar a humanidade. Lagartixas gigantes que estupram virgens na praia, monstros marinhos supostamente extintos há milhares de anos, Amyr Klink, Lawrence Wabba, Jacques Cousteau...Homem que gosta do mar é bicha. Surfista, velejador, triatleta... tudo viado. Esportes à beira mar levam nomes como frescobol e geralmente são praticados por Millôr Fernandes ou alegres rapazes vestidos com neoprene agarradinho. Piratas, esses terríveis lobos do mar, (üüühhh), usavam brinco, lencinho na cabeça e uma garrafa de rum sabe-se lá onde. "Hello, sailor" era o grito de terror que assolava os mares. No caso da sua embarcação ter a infelicidade de ser abalroada por piratas, prepare-se para uma noite de Village People e Enrique Iglesias.Existe coisa mais idiota que um cruzeiro? A pessoa pensa: pego um avião e acordo no destino ou vou 3000 vezes mais devagar, vendo a mesma paisagem entediante todo dia, trancado num espacinho exíguo com 1200 idiotas e shows de cancã às 7 da noite? Ah, claro, show de cancã, pô... Quem não gosta de show de cancã?Neste artigo, que faz parte da série "Ódio: Motor Imóvel do Universo", atacamos o mar. No próximo atacaremos a luz, que só não é mais devagar que Rubinho Barrichello, e no seguinte falaremos mal dos hidrocarbonetos e todas as desgraças deles advindas.Até lá.(...) Mas a alga usufructuária dos oceanosE os malacopterígios subraquianosQue um castigo de espécie emudeceu,No eterno horror das convulsões marítimasPareciam também corpos de vítimasCondenadas à Morte, assim como eu!

MÃE É SINA



Destino, fado, sorte. E pode ser mãe assassina. Não de fato, de direito. Aquela que bate no peito e faz chantagem, a que cobra e controla, aquela que te esmaga quando te afaga . Você sai da barra da saia e já enverga ao peso da culpa...e se desculpa, infinitamente se desculpa. Pedra amarrada no pescoço, aquela que “santamente” te amamentou e hoje cobra com juros dobrados e redobrados tudo que custou. È...tem essa mãe sim, pra tudo quanto é lado. Tá horrorizado???? Bobagem. Eu quero é ver ter coragem de admitir o lado B desta questão, sem depois ajoelhar pra rezar oitenta ave-marias em ato de contrição.

(Autor: Fernanda (Fer))

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Concursão do Blog da aldeia: para quem vive em Ogrolândia e tem alergia de jaca

Complete a frase:

Uma jacataca incomoda muita gente_______________________

e ganhe a certeza de que você é capaz de não escorregar na jaca e nem ser atacado por ela.

DE FERNANDO PESSOA

" Não tenho sentimento nenhum político ou social.
Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriótico. Minha pátria é minha língua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incomodassem pessoalmente.
Mas odeio, com ódio verdadeiro, com o único ódio que sinto, não quem escreve mal português, não quem não sabe sintaxe, não quem escreve em ortografia simplificada, mas a página mal escrita, como pessoa própria, a sintaxe errada, como gente em que se bata, a ortografia sem ípsilon, como o escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse".
Livro do Desassossego

O-CULTO

Existem diversas religiões. Cada pessoa acha que a sua é a certa e única. Se todas estão corretas, não nos aborreça com a sua verdade já que a nossa também está valendo. Acalmai vossa inquietação porque a vossa crença é a expressão da verdade absoluta, já que a nossa, para vós, é um tremendo equívoco. Portanto, irmão, dependeis de nós.
QUESTÃO
Seria o culto religioso ópio, álcool, perversão sexual, euforia doentia, o nada travestido de azul, a burrice assumida, vedação anti-possibilidades diversas, ditadura moral, mestres em bacanal? Leitor, ajude-nos a entender. (Autores: Fernanda e Lara)

terça-feira, 14 de agosto de 2007

NOTES FROM THE OGROLAND

Inspiradas em NOTES FROM THE UNDERGROUND de DOSTOIÉVISKY, criamos esta coluna que explora fatos reais tratados de modo surreal.

* The alien arrived carrying his big suitcase.
-Where is the library?, asked to the beggar in front of devil's pub.
The beggar answered:
- Go to the vegetable garden and ask to the fruit of the jack tree.

* A priest is talking with some women in front of the church at midnight. Turning the corner the huge bonfire was ready to grill the priest and some ogre and ogress handle light matches in their hands.

* In the village, sky-rockets explode each time that a stupid man do a new fait like to rise his own phallic member. And all the dogs from the neighborhood bark till be crazy.

(By Fernanda)

Poema que brota no Chuveiro

Na chuva, sem guarda-chuva,
Na chuva do sol poente;
Rasga estrela cadente,
Um canto de Cacatua.
Olha, coitada da Lua,
Freme ao sabor do vento;
Ciúme estupendo,
Da noiva inaudita.
Calem-se mitos!!!
A madrugada se desnuda;
O vento vislumbra a forma,
A forma engana o vento.
Atuário, onde atua
A vida instante da gente.
Sem chuva, de guarda-chuva...

(Autor: Lara (Academia de Ballet Napyév))

VADE RETRO!

2007, psicomomentos...
Da aldeia brotam dragões de pensamentos. Fumegantes. Panela de pressão sem feijão. Dardos envenenados, castelos encantados. Idéias ocultas nas pedras, emoções rupestres. A natureza que fala, ciprestes, cardumes humanos na concha do tempo. Palavras ao vento, o ruído das águas no silêncio das rochas. Murmurinho das gentes, dementes, pastores, ovelhas, centelhas. Sem telhas. Cidade sitiada pelo velho labirinto, vontade descaminhante de não chegar. Contemporaneidade? Deve estar em algum outro lugar.

(Autores: Fernanda e Lara)